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sábado, 9 de março de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - Edu Cominato (Jeff Scott Soto/Remove Silence)










Fala rockers! Tem início uma série de entrevistas com músicos brasileiros que estão se destacando no cenário nacional e internacional. Começamos com EDU COMINATO, baterista da banda do grande, não somente na altura, mas por toda sua história no rock mundial,  Jeff Scott Soto. Aproveitamos também para falar um pouco da sua banda Remove Silence, formada por outros grandes músicos brasileiros: Hugo Mariutti (ex-Shaman), Fábio Ribeiro (ex-Angra) e Alê Souza.        (por Denis Freitas)


Já tive a oportunidade de ver o Edu em ação algumas vezes e fiquei impressionado com sua precisão ao tocar. Você percebe que o cara faz aquilo com gosto e no decorrer dos shows, após aquecer nas músicas iniciais, o cara começa a "destruir" sua batera com muita categoria e ainda canta muito bem por sinal. Contudo, aprendi mais duas coisas sobre ele ao conversarmos: o cara tem opinião e é um trabalhador do rock, sem contar sua falta de estrelismo, algo que contamina muitas pessoas no meio musical. Edu começou a tocar bateria ainda criança, influenciado por seu pai que era músico profissional. Aos 17 anos formou sua primeira banda, chamada Homeless, e em 1999 começou a banda Tempestt, que chamou bastante a atenção de fãs de rock no Brasil e acabou rendendo um convite de Jeff Scott Soto (Yngwie Malsmsteen, Journey e Talisman) para que fossem a banda do cantor norte americano. Desde então, Edu tem conquistado grandes feitos: tour pela Europa e DVD com JSS, tocou com grandes nomes do rock mundial, tais como: Eric Martin e Billy Sheehan (Mr. Big), Joe Lynn Turner (ex-Deep Purple), Steve Augeri (ex-Journey), Roy Z, entre outros, e ainda escreveu e gravou para o último álbum de Soto, "Damage Control", que agradou muito a crítica e o público. Como trabalho nunca é demais, também formou junto com músicos de alta categoria a banda Remove Silence que está lançando seu segundo álbum chamado "Stupid Human Atrocity". 

Entrevista

Edu, para começar, de onde você é? 
Sou de São Paulo e toda a minha família também. 

Na sua biografia consta que você começou a tocar bateria aos 11 anos, influenciado por seu pai. Seu pai tocava rock? Como surgiu seu gosto pelo rock?

"Little" Edu
Exatamente, na verdade eu gosto de bateria desde antes, por volta dos 6 eu já fazia barulho, mas com 11 eu já tinha uma base. Meu pai foi músico profissional por 35 anos. Meu pai tocava de tudo, inclusive rock, cresci ouvindo discos do Deep Purple, Led Zeppelin, Yes. Nos anos 70 a música da moda era o Rock, então quando ele ia tocar com as suas bandas, era só Purple, Led, etc… Mas ele era um músico muito completo, gravou de tudo durante a sua carreira. 

Quais foram, inicialmente, os bateristas que te influenciaram? 

Quando comecei, lá trás, eu estudei muito o Dave Weckl, lembro do meu pai chegando com a vídeo aula "Back to Basics", assistia todos os dias. Mas foi quando descobri Mike Portnoy que a minha vida mudou, ouvi-lo tocar no "Images and Words" me levou a um outro nível. Mas posso citar outros também como: Eric Carr, Pat Torpey, David Garibaldi, Ian Paice, etc...

Você chegou a gravar com uma de suas primeiras bandas, a Homeless ? Que estilo era?

Minha primeira gravação de bateria foi com o Homeless, foi difícil mas consegui gravar, na verdade esse disco nunca saiu, temos ele gravado, mas nunca conseguimos terminar. Éramos muito moleques na época, quem sabe um dia não sai!!! O estilo da banda era o que todo moleque de 17 anos daquela época queria tocar, Metal, Progressivo, Hard Rock… Ou seja Dream Theater hahaha!! Foi uma boa época, foi a minha primeira experiência escrevendo músicas e chegamos a fazer coisas muito boas. 

Tive a oportunidade de ver algumas apresentações suas com o Tempestt, vocês tocavam bastante AOR e Hard Rock, mas quando ouvi o cd de estreia da banda, “Bring 'Em On”, confesso que fiquei surpreso e até certo ponto desapontado. Achei muito mais voltado ao prog metal ou metal melódico do que ao estilo das bandas que vocês faziam cover.  Sei que você já não estava mais tão envolvido, mas chegou a ouvir este tipo de comentário a respeito do cd? Concorda com essa leitura? 

Tempestt
Exatamente, a banda começou com essa proposta mais AOR, mais pela influência do BJ (vocalista) e do Kuky (ex-baixista), mas quando começamos a compor foi diferente. A maioria do disco foi escrito pelo Leo Mancini e muitas comigo de parceiro, por isso as nossas influências se destacaram mais no álbum. Particularmente, não sou fã de AOR, meu gosto é mais pesado e progressivo. As que você vê o nome do BJ, vai ver que é bem mais melódico. Mas sinto muito orgulho desse disco, foi o que a gente queria fazer na época e saiu exatamente como queríamos. Quando o disco saiu eu ainda estava muito envolvido com a banda, eu sai no fim de 2008, depois da nossa turnê na Europa. 

Por que saiu do Tempestt?  A banda ainda está na ativa?  Qual sua relação com a banda atualmente?

Na época eu já não estava mais ligado ao tipo de som, queria fazer algo diferente e mais ligado com o que acontecia comigo na época, eu já estava gravando com o Remove Silence e senti que era a hora de me dedicar a novos projetos. O Tempestt ainda está na ativa, eles estão com um disco pronto para ser lançado. A minha relação com a banda é como sempre foi, somos irmãos e isso nunca vai mudar, ainda faço alguma coisas com eles, eu co-escrevi uma música do disco novo com o Leo e o BJ, a música é "Endless Hunger" e você pode procurar no YouTube o clipe. 
                                                    Tempestt: "Endless Hunger"

Como é trabalhar com Jeff Scott Soto? O cara está com mais de 40 anos e parece um adolescente no palco, tem muita energia.  Ele é exigente? O que você aprendeu trabalhando com ele, fora tomar tantas caipirinhas?
Edu com JSS band
Primeiramente, é uma honra fazer parte da banda de um ídolo, eu acompanho o trabalho do JSS desde 1998 quando ouvi Talisman pela primeira vez, depois que fui descobrir que tocou com o Malmsteen. Essa energia dele é incrível e ele transfere pra banda toda. Ele é exigente sim, mas como temos uma química muito legal com ele, o trabalho flui tranquilo, quando tocamos juntos não temos tanto tempo de ensaio como uma banda normal, por morarmos cada um em uma parte do mundo, então da pra sentir a química. Aprendi muita coisa na estrada com ele: Como ser profissional, como se portar como um artista de verdade, aprendemos muito sobre a indústria da música, que ele conhece bastante. E só pra constar, eu não bebo, hahaha… Quando ele me faz beber aquele copo inteiro, eu fico doidão….

Quem teve a ideia de formar a Remove Silence?  Vocês formaram a banda com uma ideia de estilo já pré estabelecida ou simplesmente deixaram rolar?  Acho bem difícil explicar o som da banda, isso é intencional?   Me parece um prog metal com um pouco de música eletrônica, mas ao mesmo tempo seria simplista demais definir assim…

O Remove Silence começou como um projeto paralelo do Hugo Mariutti com o Fabio Ribeiro na época que eles estavam no Shaman ainda, eles começaram a produzir algumas coisas e foi saindo. Eles ainda não tinham um batera e o Hugo me convidou pra ir ao estúdio e escutar o que estavam fazendo, pirei na hora, era exatamente o que estava buscando, um som diferente de tudo com influências que a gente gostava fora do Metal. A intenção era essa mesmo, não parecer com nada, claro que você ouve as influências, mas não consegue definir exatamente. Isso é exatamente o que um artista busca em sua carreira, criar algo novo, que deixe artisticamente completo, e posso dizer que conseguimos com o Remove Silence.    

                                           Remove Silence: "Fade"
                                                     

Muitas bandas boas estão surgindo no Brasil, com trabalhos que não ficam devendo em nada para os “gringos”, você acha que chegamos ao mesmo nível das bandas de fora em termos de qualidade? Você acha que temos músicos do mesmo nível dos músicos de fora?

Sim, tem bastante banda boa por aí, mais do que você pode imaginar. Tenho plena certeza que não devemos nada para as bandas "gringas". Pra mim, a única coisa que difere ainda é a mentalidade, dos artistas e principalmente do público. Aqui a nossa cultura é diferente, ou nenhuma cultura. O gringo é colocado em um pedestal muito alto, não que não meceça, mas falta um pouco de apoio aos músico locais, mas isso está mudando. O grande exemplo é que estamos no circuito mundial e estamos cada vez mais chamando atenção dos gringos, posso citar músicos brasileiros que se dão bem lá fora: Aquiles Priester, Kiko Loureiro, Rafael Moreira e mais um monte. 

Edu com Steve Augeri
Quais são seus planos para o futuro próximo?  Frio na barriga para os shows na Europa com Jeff?

Nossa, muitos. Acabei de gravar um DVD meu, ainda em fase de finalização, pretendo começar uma série de workshops por aí e continuar trabalhando pelas oportunidades na carreira. Sempre da um frio na barriga, uma ansiedade, por mais que esteja acostumado a fazer turnê, se você perde essa ansiedade é melhor mudar de profissão. Obrigado pela entrevista e espero vê-los na estrada. Abraço!

Confira o trabalho de Edu em:
http://educominato.com/site/
https://itunes.apple.com/br/album/stupid-human-atrocity/id547395778?action=view&current=ad_SHA.jpg

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